Avaliação Física: Pra Quê?
No cenário atual da atividade física, o profissional de Educação 
Física encontra algumas questões que possibilitam formatizar um trabalho
 criterioso e respaldado nos princípios da cientificidade. Dentre estas 
questões faz-se importante saber que: a)A estimativa precisa da 
composição corporal constitui um componente importante em um programa 
abrangente de aptidão física; b) a importância da avaliação do aluno ou 
atleta para a elaboração e montagem de um programa de treinamento, Katch
 & McArdle (2003)e Carnaval (2000). Carnaval (2000, pág.17) cita “A 
Antropometria é uma ciência que vem se desenvolvendo desde os antigos 
egípcios e hindus, os quais já possuíam a curiosidade de medir seus 
corpos, empregando partes do corpo como unidade de medida, como o dedo 
médio, o polegar, o pé e etc.”.  “Antropometria é a ciência que estuda e
 avalia as medidas de tamanho, peso, e proporções corporais do ser 
humano”, (FERNANDES FILHO,1999, pág17). Apresenta informações valiosas 
no que se refere a predição e estimação de vários componentes corporais 
de sedentários ou atletas no crescimento, desenvolvimento e 
envelhecimento,(POLLOCK,1993). Torna-se necessário, de acordo com os 
referidos autores a realização do estudos antropométricos para que se 
possa planejar um treinamento baseado nas necessidades do 
cliente/atleta.
A Antropometria com suas variáveis serve como fator de avaliação 
para o treinamento físico, como medidas de perímetro diâmetro e etc. 
Onde, através desta, pode-se saber o atual estado físico do avaliado e 
qual a evolução que o mesmo obteve com o treinamento. Bompa (2000) e 
Fernandes (1999), consideram importante definir, antes de iniciarmos um 
treinamento, além da condição física e dos testes neuromusculares, a 
predição da massa corporal gorda e magra. Desta forma podemos averiguar,
 antes e após o período de treinamento, os resultados obtidos com este.
Sendo assim, como se pode averiguar o efeito do treinamento sem uma
 prévia avaliação? Como se pode saber se há aumento de massa magra, 
redução da massa gorda se não se sabia como estava antes do treino? Como
 se pode saber a evolução obtida no treinamento sem a realização de uma 
reavaliação? Começa-se a compreender que é imprescindível uma avaliação 
física com os protocolos adequados ao avaliado, e com testes adequados 
ao treinamento a ser realizado. Só para avaliação da composição corporal
 existem mais de 42 protocolos que vão desde crianças com cor de peles 
diferentes até idosos, de universitários até adultos, de atletas comuns 
até paraplégicos. Além do mais, são necessários ainda os parâmetros 
neuromusculares de flexibilidade, força e resistência de abdômen, membro
 superior e inferior, além da condição cardiovascular. Se possível, 
deve-se acompanhar também uma avaliação clínica e nutricional. Na 
clínica, faz-se importante averiguar as dosagens hormonais 
principalmente de testosterona, GH e cortisol, sendo este último de suma
 importância para o crescimento muscular. Já que o excesso de cortisol 
provoca o catabolismo protéico, que impede o crescimento muscular.
Ao se planejar um treinamento de força, um aspecto muito importante
 é a relação volume/intensidade (percentual da carga vs. repetições) 
(WEINECK, 1999). Badillo e Auesterán (2001) citam o número de repetições
 por séries, como expressão da intensidade de trabalho, uma das formas 
mais eficazes e precisas de aproximar-se da intensidade ótima de 
treinamento. Existem diversas formas e protocolos para avaliação da 
carga de trabalho, desde tabelas de conversão e até o famoso teste de 1 
Repetição máxima(1 RM).  Estes testes devem ser realizados a cada 12 
semanas, pelo menos, já que esta expressa o período de adaptação neural e
 o início do período de crescimento muscular. Além de possibilitar 
averiguar o ganho de força e a prescrição da nova carga. Estes testes 
devem ser realizados nos exercícios que serão executados, visando uma 
maior fidedignidade da testagem.
O teste de cardiovascular visa não só averiguar a capacidade máxima
 (VO2Máximo) do sistema cardiorrespiratório, mas possibilita também 
prescrever uma correta velocidade nos trabalhos cardiovasculares e saber
 também o gasto calórico da atividade,(WILMORE & COSTILL,2001).
Considerações finais    
Parece que diversos autores concordam e corroboram no destaque da 
importância de uma avaliação e reavaliação do treinamento como fator 
preponderante para o sucesso e resultados esportivos, estéticos e 
profiláticos. Agora que já se sabe a necessidade de uma avaliação e 
reavaliação, procure marcar a sua com um profissional experiente e 
habilitado que escolherá os protocolos mais adequados a suas 
necessidades.
Por   
 Demetrius Brandão
  

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