Músculos e Treinamento de Corrida
Uma adaptação básica que ocorre em nosso corpo, induzida pelo treinamento, é o aumento da resistência nas fibras dos músculos. O aumento significativo ocorre na capacidade para a produção de energia
aeróbia e, consequentemente, os carboidratos e gorduras são mais
facilmente metabolizados. O exercício aumenta a oxigenação das fibras
musculares, portanto, quando estas estão em atividade, o fluxo sanguíneo
aumenta.
O músculo, quando adaptado ao treinamento aeróbio,
utiliza melhor a reserva energética. Um aumento na captação de oxigênio
do sangue e alterações no metabolismo energético contribuem para a
melhora do desempenho nos treinamentos. As adaptações musculares são
induzidas especificamente nos grupos musculares exercitados e são
mantidas quando a atividade é contínua. Porém, quando tal fato não
ocorre, ela é desativada. Tanto a intensidade, como a duração, são
fatores determinantes nas adaptações musculares.
Por outro lado, a
adaptação do músculo ao exercício é um fator importante na melhoria do
desempenho em esportes competitivos. Essas adaptações são salutares
também para grupos populacionais que fazem atividade física sem o
intuito de competir.
Pessoas treinadas X não treinadas
De fato, quando comparamos com indivíduos não treinados, os sinais das fibras musculares treinadas que podem acelerar o metabolismo
durante o exercício estão atenuados, portanto, reduzindo a utilização
de carboidratos e provavelmente contribuindo para uma economia de
glicogênio muscular que é observado em pessoas treinadas. Essas
adaptações metabólicas do músculo favorecem o desempenho de indivíduos
treinados para provas de resistência.
Sabe-se que os músculos são estimulados a se adaptarem ao programa de treinamento,
enquanto os não requisitados não se adaptam. Além disso, para um
determinado programa, o treinamento deve ser executado por um tempo
suficiente, que pode ser de dias ou mesmo semanas, até que as adaptações
bioquímicas musculares ocorram.
Nem toda a melhoria que ocorre
no desempenho devido ao treinamento, deve ser atribuída às adaptações
bioquímicas em longo prazo. Por exemplo, mesmo alguns dias após o início
do programa de treinamento, pode-se evidenciar uma melhoria no
desempenho muscular e no metabolismo. Isso pode ocorrer talvez devido ao
fato deste tipo de treinamento causar, inicialmente, uma modificação no
controle neuromuscular e/ou cardiovascular, que melhora a utilização
das fibras musculares, metabolismo e distribuição do fluxo sanguíneo.
Este
é um dos exemplos da complexidade das mudanças e da variedade na
duração do treinamento que é necessário para que uma determinada
adaptação possa ocorrer na fase de transição de uma condição de relativa
inatividade, a um estágio de condicionamento físico ótimo.
Enquanto
as adaptações para o treinamento de resistência são complexas e
multifacetadas, as modificações que ocorrem nos músculos ativados são
fundamentais e provavelmente garantem as alterações metabólicas e
funcionais que dão o suporte para aumentar o desempenho em resistência
observado após o treinamento. Torna-se de fundamental importância sempre
procurar um especialista na área antes de iniciar os treinamentos.
Por Newton Nunes
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