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domingo, 17 de novembro de 2013

Atleta Janaína Ferreira

Ensaio e Entrevista com a Atleta Janaína Ferreira 

Ensaio e Entrevista com a Atleta Janaína Ferreira

A atleta Janaína Ferreira é deslumbrante! Depois de apreciar as fotos do ensaio, assista ao making of dessa atleta muito simpática e bem desenhada pela natureza e por muita disciplina nos treinos e dieta!

 

1) Nome completo:

Janaína Ferreira da Silva.

2) Como é conhecido(a) no meio do fisiculturismo (apelido):

Jana Body Fitness.

3) Data de nascimento:

03/04/1986.

4) Cidade em que nasceu e cidade em que vive atualmente:

Brasília/DF.

5) Qual esporte praticava antes da musculação:

Ginástica Olímpica.

6) Quando começou a treinar com pesos e por qual razão:

Com cerca de 16 anos (há 11 anos atrás). Era muito magra, introspectiva... queria mudar meu visual e conhecer pessoas do mundo Bodybuilding pois sempre admirei.

7) O que mudou na sua vida depois que começou a treinar:

Tudo!! Não somente a parte estética mas minhas metas e focos de estilo de vida mudaram. Treinar me faz feliz, me faz esquecer do mundo e dos problemas.

8 ) Em que academia treina atualmente:

Academia Clube Coat Fitness e Smart Fitness.

9) Treina sozinha ou com parceiro:

Sempre gostei de treinar sozinha, me concentro mais e consigo focar em tudo que preciso para aquele dia.

10) Como é a série atual de treinamento:

Atualmente entrei em pre contest (ou seja, preparação para campeonato), então, treino musculação 6x por semana e cardios todos os dias.

11) Quais são os métodos de treinamento (pirâmide, repetições forçadas, bi-sets, superséries, etc.) que costuma adotar na fase de pré-competição e na fase fora de competição (offseason):

Meu método é exclusivamente perceptivo, depende do exercício, do meu estado de força do dia, se estou treinando sem carbo ou com....enfim...não faço esse planejamento mais... eu vou muito de” feed back “,de acordo com o que meu corpo responde. Em ambas as fases... meu treino não muda muita coisa... Até porque meu shape não precisa crescer, pois minha categoria não exige isso...só ajusto detalhes de músculos que precisam dar mais ênfase, melhorar a maturidade etc...

12) Qual é o exercício de musculação preferido:

Vários. Gosto de diversos exercícios, porem todos de ombro eu faço bem feliz, rs!

13) Qual é o exercício de musculação que menos gosta:

Agachamento.

14) Qual foi a maior carga que já levantou no supino reto e no leg 45:

Não faço idéia... rs
Eu não treino calculando pesos... Se está leve eu vou colocando aos poucos...mas nunca parei pra calcular o peso em kg. No supino normalmente faço com 10kg de cada lado, nunca senti necessidade de tentar mais. No leg nem sei mesmo rs.

15) Como é a sua dieta na fase de pré-competição e na fase fora de competição (offseason):

Em ambas as fases utilizo Proteínas, carboidratos, saladas, e suplementos básicos. O que muda em cada período são as quantidades. Em off, posso comer uma quantidade maior e me dar ao luxo de ter um dia de “lixo” para comer algo que goste tipo doces, ou pizza,.... Em pre contest isso não exige e a quantidade de carboidratos abaixa rigorosamente.

16) Qual é o alimento que mais gosta e que tem mais dificuldade de resistir quando está em dieta de pré-competição:

Sem dúvida DOCES.

17) Sofre alterações de humor quando está em dieta de pré-competição:

Com certeza....rs. Afinal, o cérebro é movido por energia, e quando restringimos carboidratos e gorduras da alimentação, é normal dar uma alteração de humor.

18) Quais são os suplementos alimentares de que faz uso:
  • Whey Protein isolado
  • Bcaa
  • Glutamina
  • E vitaminas e minerais como Omega 3, vitamina C, vitamina E...etc.
19) Quais são os suplementos alimentares (produto e marca) que mais gosta (efeitos ou sabor):

Todos citados acima. Marca depende muito, mas tenho usado da Integral Médica atualmente.

20) Quais são os suplementos alimentares (produto e marca) que menos gosta (efeitos ou sabor) ou que considera desperdício de dinheiro (sem efeitos):

Não considero desperdício, depende de cada objetivo do uso...se indicado por um profissional habilitado pra tal fim.

21) Quais títulos já conquistou no fisiculturismo e em que anos?
  • BI CAMPEÃ BRASILIERRA (2011 E 2012)
  • TETRA CAMPEÃ BRASILIENSE ( 2009 até 2012)
  • 4ª colocada no MUNDIAL FEMININO ocorrido na Polônia 2012
  • 4ª colocada ARNOLD CLASSIC BRASIL ocorrido no RJ 2013
22) Qual foi a melhor experiência que já teve no mundo do fisiculturismo:

Todas as experiências foram fantásticas e me agregou muito aprendizado, mas o Campeonato MUNDIAL pra mim, foi o mais desafiador e emocionante que pude estar competindo.

23) Qual foi a pior experiência que já teve no mundo do fisiculturismo:

No Campeonato MUNDIAL também, rs, pois fui sozinha para um País totalmente diferente, com mais de 24hs de viagem com várias conexões e voos atrasados e de dieta... foi difícil. Somente eu do Brasil fui para as finais (havia 2 atletas do Brasil contando comigo).

24) Quais eram as suas medidas corporais (peso, percentual de gordura, circunferência de bíceps e de coxa) no último campeonato de que participou (nome do evento e data):

Não costumamos fazer essas medições. Mas o peso eu lembro que foi 47kg no último campeonato (CAMPEONATO BRASILEIRO DE FISICULTURISMO E FITNESS-RJ)

25) Quais costumam ser as suas medidas corporais (peso, percentual de gordura, circunferência de bíceps e de coxa) quando não está competindo:

Só observo o peso mesmo..tanto em off quanto em pre contest.
Off – 60k
No dia do campeonato- 48kg

26) O que as pessoas dizem sobre seu aspecto corporal com musculatura avantajada:

Há quem goste e admire e também o oposto. Questão de gosto rs!

27) Que dicas daria para quem pretende ingressar no mundo do fisiculturismo:

Quem deseja começar um carreira no esporte tem que estar ciente que tudo que você fizer, tem que ser feito com amor àquilo que está se propondo a fazer. Tem que viver o estilo de vida da gente 24hs por dia.

28) Opinião sobre anabolizantes esteróides:

Há quem use para melhorar a performance, assim como TODOS OS ESPORTES DE ALTO NÍVEL, mas também há quem não use. Acredito que os fatores determinantes vão muito além de esteroides. DIETA E TREINO são o “combo anabólico” perfeito.

29) Quais são os atletas do fisiculturismo nacional e internacional que mais admira?

Erin Stern, Nicole Wilkins, Larissa Reis, Juliana Malacarne, Phill Heath, Kai Greene, Jay Cutler, Bruno Moraes, Fernando Maradona,... entre muuuuitos outros que se for escrever dá um livro. Rs!

30) Se tem patrocinador, nome e contatos da empresa e forma de patrocínio:

Fit Corpus
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SIG Quadra 8, lote 2278 - Centro Médico Sudoeste
(61) 3363-7570

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31) Se atua como personal trainer, contatos para ser contratado

Consultorias online: jana.bodyfitness@gmail.com

32) Contatos que gostaria de deixar para qualquer interessado (email, telefone, website, etc.):

Site: www.janabodyfitness.com.br

Agradecemos a todos que tornaram este ensaio possível, principalmente:
  • Fotógrafo: Hugo Pimentel
  • Estúdio: Renato Mendes
  • Maquiagem e Cabelo: Clarice Coiffeur
  • Apoio: Simone Marangon e Adriana Ferrari

                                                                                                             Por Redação FISIculturismo 



terça-feira, 5 de novembro de 2013

Anatomia do Quadril


Anatomia do QuadrilIntrodução

Com o intuito de alertar os profissionais de educação física e outros sobre a importância dos achados clínicos das lesões do quadril mais comuns relacionadas à prática esportiva, faz-se necessária uma revisão literária sobre as condutas mais assertivas na identificação e tratamento destas lesões. Os profissionais necessitam compreender a anatomia funcional e os mecanismos anátomo-fisiopatológicos dessa articulação, buscando não somente o tratamento, mas a prevenção. Este informativo não tem a intenção de esgotar o assunto, mas sim, instigar à busca constante pela informação científica.

Anatomia do Quadril

Nos ossos do quadril identificam-se três articulações: a sinfisiana referente à união das sínfises, a sacroilíaca, união entre o osso sacro e os ilíacos, e a coxofemoral (Ghorayeb et al., 1999; Rasch et al., 1977; Gardner et al., 1988), sendo esta última de maior significância para o estudo das lesões.

A coxofemoral é uma das articulações do membro inferior (M.I) a qual tem a função especifica de sustentação e locomoção do corpo humano. Esta é classificada como sinovial, esferoidal, permitindo movimento nos três planos (frontal, sagital e transversal) sendo o mesmo limitado pelas estruturas ósseas, capsulares e mioligamentares (Hall, 2000; Weineck, 1990; Filho, 1994, Bienfait, 1900; Gould III, 1900).

A articulação coxofemoral é composta por duas estruturas ósseas: o acetábulo constituído pelo encontro de três ossos (Ílio, Ísquio e Púbis) e a cabeça do fêmur sendo 2/3 esférica localizada na epífise proximal do fêmur. O acetábulo sendo côncavo (fossa do acetábulo), possui, aderido a sua orla, uma estrutura fibrocartilaginosa formando o lábio do acetábulo unindo-se ao ligamento transverso em sua incisura possibilitando à cabeça do fêmur, estrutura convexa, um encaixe profundo favorecendo a coaptação (Rasch, 1900; Hall, 2000; Gardner et al., 1988; Gould III, 1900).

Vale salientar que o colo do fêmur, parte óssea que antecede superiormente a cabeça do fêmur, é considerado a parte mais fraca do fêmur por ser constituído por osso trabecular e possuir menor diâmetro em relação as demais partes (Hall, 2000). O colo do fêmur forma com a diáfise do fêmur o ângulo colo-diafisário direcionando o fêmur medialmente e para baixo do quadril (Hall, 2000; Weineck, 1990). Este mesmo ângulo pode ser denominado de ângulo de inclinação, podendo variar de acordo com idade, sexo e maturação óssea, seu valor médio no adulto é de 125°, quando este ângulo apresenta-se excessivo denomina-se de coxa valga, e quando diminuído, coxa vara (Gardner et al., 1988; Gould III, 1900). Este ângulo favorece a ação dos músculos inseridos nesta região propiciando maior torque muscular (Weinek, 1990; Gould III, 1900).

A cápsula articular e os ligamentos capsulares e extracapsulares são considerados estabilizadores passivos e os músculos estabilizadores ativos (Hall, 2000; Gould III, 1900).

Inserido à fóvea, pequena reentrância na cabeça do fêmur, encontra-se o ligamento da cabeça do fêmur também denominado ligamento redondo o qual se fixa à fossa do acetábulo na incisura e ligamento transverso, tendo pequena contribuição na fixação da cabeça do fêmur ao acetábulo (Hall, 2000; Gould III, 1900), sendo sua principal função conduzir vasos sanguíneos à cabeça do fêmur (Gardner et al., 1988; Gould III, 1900).

Os ligamentos iliofemoral, pubofemural e isquiofemoral, tendo seus nomes relacionados a suas inserções, aderem-se externamente a cápsula articular e são de vital significância para esta articulação os quais reforçam a cápsula articular (Hall, 2000; Gould III, 1900; Garden et al., 1988), além de rodarem durante a extensão da coxo-femoral a cabeça do fêmur dentro da fossa do acetábulo, isto, devido à conformação estrutural destes (Hall, 2000; Weineck, 1990). Na posição de extensão total do quadril identifica-se a maior estabilidade desta articulação devido a maior tensão dos ligamentos extracapsulares, no entanto na flexão os ligamentos e cápsula mostram-se afrouxados, desta forma tornando-se a articulação mais propícia a luxações por trauma no joelho (Gould III, 1900).

As bursas ou bolsas são cápsulas revestidas por membrana sinovial cheias de líquido sinovial e possuem a função específica de evitar constantes atritos entre as estruturas ósseas e tecidos moles adjacentes (Hall, 2000; Gould III, 1900). As bursas de significância para esta articulação são: ileopectínea, interposta acima dos ligamentos iliofemural e pubofemural, a trocantérica profunda, localizada entre o trocanter maior do fêmur e o glúteo máximo, e a isquiática, fixada entre o ísquio e glúteo máximo (Gould III, 1900; Mellion, 1997).

A cintura pélvica (ílios, ísquios e púbis), devido a sua coordenação com fêmur e coluna vertebral, propicia maior amplitude de movimentos (A.D.M) aos M.I. Devemos ter em mente que a articulação coxofemoral é alvo de grandes compressões devido às forças internas e externas chegando a mais ou menos 500% do peso corporal numa corrida (Hall, 200; Gould III, 1900), superando 870% do peso corporal ao cambalear (Hall, 2000).

São inúmeros os músculos envolvidos na cinemática desta articulação (Hall, 2000; Moore, 1990):


AÇÃO MÚSCULOS
Flexão Íliopsoas / Sartório / Reto Femoral / Tensor da fáscia lata / Adutor magno
Extensão Glúteo máximo / Semitendinoso / semimembranoso / Bíceps femoral / Adutor magno
Abdução Tensor da fáscia lata / Sartório / Glúteo médio / Glúteo mínimo / Piriforme / Obturador interno / Gêmeos superior e inferior
Adução Pectíneo / Adutor longo,  curto e magno / Grácil
Rotação interna Glúteo máximo e mínimo / Tenso da fáscia lata
Rotação externa Glúteo máximo / Piriforme / Obturador interno / Quadrado da coxa / Gêmeo superior e inferior


Lesões da Articulação Coxofemoral no Esporte
Frontera et. al (2001), atenta para o fato de que todas as doenças articulares possuem fatores intrínsecos como: a rigidez, a dor, a deformidade articular, a contratura dos tecidos moles, atrofia muscular, o descondicionamento físico generalizado e a diminuição da função. A perda da força pode vir associada aos fatores citados.

O profissional de Educação Física deve atentar-se para a pertinência da lesão. Através da acuidade para os aspectos morfológicos, a correlação com queixas referidas, associada à execução de manobras específicas, pode alertar e/ou indicar o cliente (aluno) a buscar um profissional responsável com intenção de diagnosticar possível anomalia e, posteriormente, tratá-la com maior especificidade.

Fraturas de Avulsão

Esta desinserção ou arrancamento muscular é ocasionada pela violenta e repentina contração dos músculos (movimentos explosivos) em fase excêntrica ou concêntrica (Mellion, 1997; Gould III, 1900), sendo as mais comuns no músculo sartório, reto femoral, tendão dos músculos posteriores da coxa, reto abdominal, e o íliopsoas. Todas estas se caracterizam por referidas algias no local da avulsão (inserção muscular). A maior incidência desta encontra-se em velocistas, saltadores, jogadores de futebol, ginastas e futebol americano (Mellion, 1997).

Constatada a avulsão, deve-se evitar a prática esportiva até recuperar-se a ADM, e força do M.I. Inicia-se o tratamento com gelo, repouso e mudança das rotinas físicas pelo período aproximado de 2 a 4 meses, podendo ser necessária à utilização de utensílios que auxiliem na deambulação, com finalidade de se evitar a sobrecarga no M.I lesado. Após o retorno da ADM, torna-se necessário o trabalho gradual de força muscular, sendo este de vital importância para o retorno do atleta ou esportista a sua prática (Mellion, 1997; Gould III, 1900).

Distensão da Coxa

De forma geral, a distensão é ocasionada pela rápida e/ou máxima contração muscular associada a grande extensibilidade muscular (alongamento) (Hall, 2000; Mellion, 1997; Gould III, 1900). Os adutores e os ísquio-tibiais são os mais acometidos estando, o último, relacionado a atletas velocistas (Hall, 2000; Mellion, 1997).

Os sintomas da distensão dos ísquios tibiais podem ser identificados pela descrição do paciente em ter ouvido um estalo, seguido de dor local intensificando-se na flexão da articulação coxofemoral com joelho em extensão, a perda da capacidade funcional do M.I afetado, sensibilidade ao toque do ventre muscular e inserção proximal (Mellion, 1997).

Até o desaparecimento da sensibilidade, o tratamento consiste em crioterapia, atadura e ultra-som. Após, alongamento e ciclismo de alta velocidade (Mellion, 1997).

Os sintomas dos adutores caracterizam-se por dores ao realizar os movimentos de adução e flexão da articulação coxofemoral com resistência. O tratamento consiste em crioterapia, proteção, compressão, elevação e suporte, dependendo da gravidade enfaixamento da virilha e ultra-som (Mellion, 1997).

De acordo com Gould III (1900), os esportes como corrida, salto, ciclismo , esqui e futebol americano são mais suscetíveis a este tipo de lesão, acrescentando ser importante treinos de flexibilidade para possível diminuição destas. O mesmo apresenta a lesão do reto femoral como significativa, e sugere o retorno precoce aos exercícios físicos de forma progressiva evitando-se as dores, com o intuito de beneficiar a cicatrização tecidual nas distensões.

Luxação da Articulação Coxofemoral

A luxação é a separação das superfícies articulares, proporcionando frouxidão dos tecidos circundantes e capsulares, devido ao estiramento além de seus limites elásticos, sendo em sua essência, traumática. 90 % das luxações posteriores estão relacionadas a esportes de velocidade e impacto como no futebol americano e esqui. Na luxação posterior, a articulação coxofemoral encontra-se fletida, aduzida, rodada medialmente, trocanter maior e região glútea proeminentes, com M.I aparentemente mais curto. Na luxação anterior, a articulação coxofemoral apresenta-se levemente fletida, abduzida, rotada lateralmente, M.I aparentemente mais curto, podendo ainda a cabeça do fêmur estar proeminente. Nestes casos deve ser feita imobilização com tala e direcionar o lesionado para o hospital (Mellion, 1997).

Fratura de Estresse do Colo Femoral

Já mencionamos sobre as altas cargas tensivas nesta articulação, assim como a maior fragilidade do colo do fêmur, associado a microtraumas repetitivos. A maior parte dos lesionados são corredores referenciando dores insistentes na região da virilha, identificando-se sensibilidade ao toque na região inguinal, limitação da A.D.M na flexão e rotação medial seguida por dor (Mellion, 1997).

Considerações

Devemos ter em mente que apesar da grande estabilidade da articulação coxofemoral, esta está associada a grandes cargas tencionais e a grandes amplitudes de movimento, sendo de suma importância a harmonia dos grupos musculares agonistas e antagonistas favorecendo a coordenação intermuscular a fim de evitarmos lesões e uma inadequada postura corporal, já que a articulação e os músculos intrínsecos a mesma estão relacionados à sustentação do corpo e manutenção da postura.

Outra consideração importante relaciona-se com a boa execução técnica dos movimentos esportivos a qual pode atenuar as lesões mioarticulares nas práticas esportivas, devendo o profissional de Educação Física ter grande acuidade para as debilidades e disfunções de seus clientes (alunos) direcionando os trabalhos físicos (exercícios) de acordo com as necessidades funcionas dos mesmos. Este profissional tem uma importante função na área da saúde prevenindo e, eventualmente, reabilitando tais lesões sendo de sua competência capacitar-se e esmerilhar-se em seu pronto atendimento, mostrando socialmente sua grande valia.

                                                                                                         Por Sérgio da Cunha Neves Júnior



sábado, 19 de outubro de 2013

Corrida

Músculos e Treinamento de Corrida 

 

Músculos e Treinamento de Corrida

Uma adaptação básica que ocorre em nosso corpo, induzida pelo treinamento, é o aumento da resistência nas fibras dos músculos. O aumento significativo ocorre na capacidade para a produção de energia aeróbia e, consequentemente, os carboidratos e gorduras são mais facilmente metabolizados. O exercício aumenta a oxigenação das fibras musculares, portanto, quando estas estão em atividade, o fluxo sanguíneo aumenta.

O músculo, quando adaptado ao treinamento aeróbio, utiliza melhor a reserva energética. Um aumento na captação de oxigênio do sangue e alterações no metabolismo energético contribuem para a melhora do desempenho nos treinamentos. As adaptações musculares são induzidas especificamente nos grupos musculares exercitados e são mantidas quando a atividade é contínua. Porém, quando tal fato não ocorre, ela é desativada. Tanto a intensidade, como a duração, são fatores determinantes nas adaptações musculares.

Por outro lado, a adaptação do músculo ao exercício é um fator importante na melhoria do desempenho em esportes competitivos. Essas adaptações são salutares também para grupos populacionais que fazem atividade física sem o intuito de competir.

Pessoas treinadas X não treinadas

De fato, quando comparamos com indivíduos não treinados, os sinais das fibras musculares treinadas que podem acelerar o metabolismo durante o exercício estão atenuados, portanto, reduzindo a utilização de carboidratos e provavelmente contribuindo para uma economia de glicogênio muscular que é observado em pessoas treinadas. Essas adaptações metabólicas do músculo favorecem o desempenho de indivíduos treinados para provas de resistência.

Sabe-se que os músculos são estimulados a se adaptarem ao programa de treinamento, enquanto os não requisitados não se adaptam. Além disso, para um determinado programa, o treinamento deve ser executado por um tempo suficiente, que pode ser de dias ou mesmo semanas, até que as adaptações bioquímicas musculares ocorram.

Nem toda a melhoria que ocorre no desempenho devido ao treinamento, deve ser atribuída às adaptações bioquímicas em longo prazo. Por exemplo, mesmo alguns dias após o início do programa de treinamento, pode-se evidenciar uma melhoria no desempenho muscular e no metabolismo. Isso pode ocorrer talvez devido ao fato deste tipo de treinamento causar, inicialmente, uma modificação no controle neuromuscular e/ou cardiovascular, que melhora a utilização das fibras musculares, metabolismo e distribuição do fluxo sanguíneo.

Este é um dos exemplos da complexidade das mudanças e da variedade na duração do treinamento que é necessário para que uma determinada adaptação possa ocorrer na fase de transição de uma condição de relativa inatividade, a um estágio de condicionamento físico ótimo.

Enquanto as adaptações para o treinamento de resistência são complexas e multifacetadas, as modificações que ocorrem nos músculos ativados são fundamentais e provavelmente garantem as alterações metabólicas e funcionais que dão o suporte para aumentar o desempenho em resistência observado após o treinamento. Torna-se de fundamental importância sempre procurar um especialista na área antes de iniciar os treinamentos.

 

Por Newton Nunes

 



sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Hipertrofia Muscular

Tipos de Hipertrofia Muscular 

 

Tipos de Hipertrofia Muscular

A literatura classifica o treinamento de força como uma modalidade de exercícios resistidos onde o praticante realiza movimentos musculares contra uma força de oposição, como por exemplo, os exercícios com pesos 1, 2. Já o treinamento de endurance ou aeróbio consiste na realização de exercícios que predominantemente necessitam do oxigênio para a produção de energia, tais como corrida, ciclismo e remo. Estes exercícios são fundamentais para aprimorar as capacidades pulmonar e cardiovascular 3 .

O tecido muscular é o mais abundante do corpo humano. A sarcopenia, perda de massa muscular, está associada à osteoporose, resistência à insulina, obesidade e artrite, além de causar complicações com o avanço da idade 4. A perda de massa muscular resulta em decréscimo da força com o avanço da idade5.

Este fato pode relaciona-se ao número de lesões causadas por quedas em indivíduos idosos. Dessa maneira, fica clara a necessidade de aumentar ou preservar a massa muscular através dos exercícios físicos, principalmente os exercícios resistidos que podem diminuir este processo de sarcopenia 6 .

As fibras musculares não proliferam, a única maneira de aumentar o tecido muscular é elevando a espessura das mesmas, isso ocorre com o surgimento de novas miofibrilas. De uma forma geral, o estresse mecânico causado pelo exercício intenso possibilita ativação da expressão do RNA mensageiro (RNAm) e por conseqüencia a síntese protéica muscular. As proteínas, estruturas contráteis do músculo, principalmente actina e miosina, são necessárias para que as fibras musculares produzam mais miofibrilas 7.

Há muitas discussões dentro do âmbito da musculação sobre o tipo de treino para promover hipertrofia, muitas vezes, o que acontece é que determinados praticantes possuem maior quantidade de fibras oxidativas em seu organismo, e outros são possuidores de fibras mais glicolíticas. A literatura tem demonstrado que não há mudança e/ou transformação no tipo básico de fibra, o que ocorre é uma adaptação dos subtipos básicos, sendo assim, a hipertofia podo ocorrer tanto em fibras glicolíticas, como oxidativas, que os autores denominaram como metabólica e tensional.

REVISÃO DE LITERATURA

Existem basicamente dois tipos de hipertrofia, a aguda e a crônica. A hipertrofia aguda, sarcoplasmática e transitória, pode ser considerada como um aumento do volume muscular durante uma sessão de treinamento, devido principalmente ao acúmulo de líquido nos espaços intersticial e intracelular do músculo, líquido esse proveniente do plasma sanguíneo.

Outra teoria seria a do aumento no volume de líquido e conteúdo do glicogênio muscular no sarcoplasma. Já a hipertrofia crônica pode ocorrer durante longo período de treinamento de força, está diretamente relacionada com as modificações na áreatransversa muscular. Considera-se também o aumento de miofibrilas, número de filamentos de actina-miosina, conteúdo sarcoplasmático, tecido conjuntivo ou combinação de todos estes fatores3 .

As células satélites possuem um núcleo que pode proliferar em resposta às microlesões causadas pelo exercício intenso no músculo esquelético. Estas microlesões atraem as células satélites que se fundem e dividem o seu núcleo com a fibra muscular, dando o suporte necessário para a síntese de novas proteínas contráteis, o que em última instância facilita o processo de remodelação muscular. Como o número de núcleos novos é maior do que o necessário para preencher o espaço deixado pelas microlesões, a fibra muscular produz um número maior de miofibrilas, resultando na hipertrofia muscular 7.

Há que se destacar aqui a importância da células satélites para a regeneração do tecido muscular, que irá torná-lo mais forte a cada vez que houver destruição das linhas Z e zona H, que ocorrem em geral nas ações excêntricas, favorecendo a hipertrofia muscular.
Um recente estudo observou, após um treinamento de força intenso, aumento de 12,5%, 19,5% e 26% na área transversa dos três tipos principais de fibras musculares; As fibras tipo I, IIa e IIb, respectivamente8. Um outro estudo, demonstrou hipertrofia significativa das fibras do tipo I decorrente do treinamento de força 9.

Usualmente, fisiculturistas tem observado em determinadas fibras do seu corpo, ou em determinados atletas um excelente resposta com o treinamento metabólico, já outros, essa resposta são advindas do treinamento tensional. Daí a importância de observar as respostas em longo e curto prazo em praticantes de exercícios resistidos afim de propiciar maior resultado de hipertrofia em um modelo de treinamento que se apresente individualmente melhor a cada praticante, aqui, esquece-se daquela velha variante: 3 x15 para definição muscular e 3 x 8 para hipertrofia. Cada vez mais a literatura tem reforçado que músculo não sabe contar, que apenas necessita de fadiga para crescer.

O treinamento de força se realizado de forma intensa aumenta a síntese protéica, resultando em aumento de proteínas contráteis e hipertrofia muscular. Já o estresse oxidativo, promovido pelo treinamento de endurance, causa um estímulo adverso ao treinamento de força, degradando as proteínas miofibrilares 10. Esse tipo de treinamento resulta em aumento da atividade das enzimas oxidativas musculares, elevação no número, tamanho, tipo de mitocôndrias, vascularização e VO2 máx 11.

Os eventos adaptativos decorrentes do treinamento resistido podem ocorrer, tanto ao nível estrutural (aumento da massa muscular – que envolve síntese de proteínas contráteis, enzimas, citoesqueleto, etc), como ao nível neural, em estruturas adjacentes (motoneurônios)12. Incrementos nas capacidades de força, potência, e/ou resistência resultam, em grande parte, destas adaptações 13.

Essa capacidade de modificação das estruturas e/ou fenótipos, frente às diferentes demandas funcionais impostas pelo exercício físico é denominada na literatura de plasticidade muscular 14,15.

Outro processo importante para que a hipertrofia ocorra é a ativação de Células Satélites. As Células satélites musculares foram inicialmente identificadas em fibras musculares de rã e descritas em 1961 16. Foram assim denominadas devido à sua localização anatômica na periferia das fibras,caracterizando-se como células indiferenciadas, mononucleadas, cuja membrana basal está em continuidade com a membrana basal da fibra muscular.

Elas fazem parte de uma população de células com grande atividade mitogênica, que contribuem para o crescimento muscular pósnatal, reparo de fibras musculares danificadas, a manutenção da integridade do músculoesquelético adulto.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Observe que respostas são maiores em seus clientes e, em seu próprio organismo para a presença de hipertrofia. Essa análise permitirá fazer a escolha do tipo adequado de treinamento, que possibilitará um melhor resultado.

Esqueça as receitas de bolo, procure um professor de educação física, realize uma avaliação física para posterior prescrição do treinamento, evidencie a importância do aspecto nutricional para favorecer a regeneração do tecido e crescimento muscular adequado. Leve a sério a rotina de treino e se você for um praticante experiente, lembre-se: músculo não sabe contar!

REFERÊNCIAS
1. AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE. Position Stand: Progression models in resistance training for healthy adults. Med. Sci. Sports Exerc. 2002; 34 (2): 364-380.
2. BADILLO, J.J.G. e AYESTARÁN, E.G. Fundamentos do Trrreinamento de Força – Aplicação ao Alto Rendimento Esportivo. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2001.
3. WILMORE, J.H. e COSTILL, D.L. Fisiologia do Esporte e do Exercício. 2 ed. São Paulo: Manole, 2001.
4. DESCHENES, M.R. Effects of aging on muscle fibre type and size. Sports Med. 2004; 34(12): 809-824.
5. NEWTON, R.U., HAKKINEN, K., HAKKINEN, A., MCCORMICK, M., VOLEK, J. and KRAEMER, W.J. Mixed-methods resistance training increases power and strength of young and older men. Med. Sci. Sports Exerc. 2002; 34( 8 ): 1367–1375.
6.YARASHESKI, K.E., ZACHWIEJA, J.J. and BIER, D.M. Acute effects of resistance exercise on muscle protein synthesis rate in young and elderly men and women. Am. J. Physiol. 1993; 265 (Endocrinol. Metab. 28): E210-E214.
7. ANDERSEN, J.L., SCHJERLING, P. and SALTIN, B. Muscle, genes and athletic performance. Sci. Am. 2000; 283(3): 48-55.
8. CAMPOS, G.E.R., LUECKE, T.J., WENDEIN, H.K., TOMA, K., HAGERMAN, F.C., MURRAY, T.F., RAGG, K.E. RATAMESS, N.A., KRAEMER, W.J. and STARON, R.A. Muscular adaptations in response to three different resistance-training zones: specificity of repetition maximum training zones. Eur. J. Appl. Physiol. 2002; 88: 50-60.
9. MCCARTHY, J.P., POZNIAK, M.A. and AGRE, J.C. Neuromuscular adaptations to concurrent strength and endurance training. Med. Sci. Sports Exerc. 2002; 34(3): 511–519.
10. KRAEMER, W.J., PATTON, J.F., GORDON, S.E., HARMAN, E.A., DESCHENES, M.R., REYNOLDS,K., NEWTON, R.U., TRIPLETT, N.T. and DZIADOS, J.E. Compatibility of highintensity strength and endurance training on hormonal and skeletal muscle adaptations. J... Appl. Physiol. 1995; 78(3): 976-989.
11. HUNTER, G., DEMMENT, R. and MILLER, D. Development of strength and maximum oxygen uptake during simultaneous training for strength and endurance. J. Sports Med. 1987; 27: 269-275.
12.Fluck M. Molecular mechanisms in muscle adaptation. Ther Umsch. 2003;60(7):371-81.
13.Booth FW, Tseng BS, Fluck M, Carson JA. Molecular and cellular adaptation of muscle in response to physical training. Acta Physiol Scand.1998;162(3):343-50.
14.Coffey VG, Hawley JA. The molecular bases of training adaptation. Sports Med 2007;37(9):737-63.
15.Fluck M, Hoppeler H. Molecular basis of skeletal muscle plasticity--from gene to form and function. Rev Physiol Biochem Pharmacol. 2003;146:159-216.
16. Mauro A. Satellite cell of skeletal muscle fibers. J Biophys Biochem Cytol. 1961;9:493-5.

 

Por Demetrius Brandão 



segunda-feira, 23 de setembro de 2013

RoxyLean

RoxyLean da BPI Sports no Brasil 

 

RoxyLean da BPI Sports no Brasil

A marca BPI Sports é forte nos EUA, sinônimo de suplementos que fazem diferença no mercado, na maioria de seus lançamentos. Talvez o produto de maior destaque da marca no Brasil seja o 1.M.R.

O RoxyLean é um dos suplementos termogênicos da BPI. Passou a ser importado para o Brasil pela WW Sports. Recentemente avaliamos o OxyELITE Pro, também importado por essa empresa para o Brasil.

Muitas das considerações que fizemos naquela matéria se aplicam com perfeição ao RoxyLean. Em primeiro lugar, já se nota que o rótulo do produto importado para o Brasil é bem diferente do rótulo do produto vendido nos EUA. Aqui a fórmula revelada é de cafeína apenas. Nos EUA a fórmula é proprietária, chamada Roxy Blend, e contém, além da cafeína:
  • Citrus Limonum (Whole Plant)
  • Adhatoda Vasica (Leaf)
  • Pausinystalia Yohimbe (Bark)
  • Hydrastis Canadensis (Root)
  • Salix Alba (As Salicin, Root) Scutellaria Baicalensis (Root)
  • Rauwolfia Serpentina (Root/rhizome Plant)
E agora? A pergunta recorrente nesses casos é: será que a BPI fabrica uma fórmula especial do RoxyLean pro Brasil somente com cafeína ou será que apenas o rótulo foi alterado para suplantar as determinações da ANVISA que muitos consideram exageradas?

Pelo sim, pelo não, vamos avaliar a composição norte-americana, porque a que consta no rótulo do produto importado todo mundo já está cansado de saber.

Citrus Limonum (Whole Plant)

A propaganda em torno do Citrus Limonum (Whole Plant) é no sentido de que teria os mesmos benefícios da efedrina para a perda de peso. O Citrus Limonum (Whole Plant) seria o substituto da efedrina depois de sua proibição no mercado de suplementos alimentares.

O Citrus Limonum (Whole Plant) não poderia ser administrado de maneira ininterrupta. Seu uso contínuo não poderia ultrapassar 8 semanas.

No entanto, é de se duvidar de tanto poder em torno do Citrus Limonum. Nada mais é do que limão. E as propriedades do limão se concentram em possuir vitamina C e potássio. O efeito antioxidante é proeminente, não se podendo atribuir poderosos efeitos termogênicos a ele.

Adhatoda Vasica (Leaf)

A Adhatoda Vasica (Leaf) tem efeito broncodilatador e isso pode influenciar no desempenho atlético, aumentando o metabolismo e a queima de gordura.

Pausinystalia Yohimbe (Bark)

O yohimbe é uma velho conhecido daqueles que praticam musculação há mais de dez ano. Era um suplemento alimentar de grande apelo comercial, que prometia aumento da produção natural de testosterona. Com o passar dos anos e desenvolvimento de novos suplementos alimentares, o yohimbe perdeu a sua glória e não mais se encontram com facilidade nas prateleiras das lojas de suplementos.

Existe um estudo científico que relaciona o yohimbe como substância capaz de promover perda de gordura corporal em atletas. Mais detalhes em Yohimbine: The Effects on Body Composition and Exercise Performance in Soccer Players.

Hydrastis Canadensis (Root)

O uso da Hydrastis Canadensis (Root) no que tange a suplemento termongênico está em suas propriedades anti-inflamatórias e estimulantes. Também se acredita que suas propriedades possam eliminar as gorduras antes de serem absorvidas pelo corpo.

Salix Alba (As Salicin, Root)

O princípio ativo da Salix Alba (As Salicin, Root) é a salicina. A aspirina é dele derivada. Esta substância é usada no RoxyLean para diminuir a dor durante o treino e permitir mais atividade e mais gasto calórico.

Scutellaria Baicalensis (Root)

A Scutellaria Baicalensis (Root) é uma das 50 ervas fundamentais da tradicional medicina chinesa. Há pouca informação disponível sobre os efeitos deste composto químico na queima de gorduras.

Rauwolfia Serpentina (Root/rhizome Plant)

A Rauwolfia Serpentina (Root/rhizome Plant) é uma planta floral que contém yohimbe dentre seus componentes químicos bioativos. Os efeitos para a queima de gordura são os mesmos já mecionados no trecho sobre o yohimbe.

Como se vê, o RoxyLean aposta em uma série de elementos químicos extraídos de plantas para promover a queima de gordura. Elementos que não foram muito explorados por outros suplementos e elementos já conhecidos, tais como a cafeína e o yohimbe.

Lembre-se que estamos avaliando a fórmula do suplemento alimentar Roxy Lean vendido nos EUA. Se a fórmula do suplemento importado é realmente diferente, como consta do rótulo, somente um laudo de avaliação química pode determinar.
 

 

 

 Por Redação FISIculturismo

 




quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Adulteração

Adulteração de Suplementos Nacionais 

 

Adulteração de Suplementos Nacionais

Escolhi como tema de matéria deste mês um assunto que vem causando muita, mas muita polêmica na internet, nos veiculos de comunicaçãos, nas academias, nos meios esportivos e que esta semana chegou até a uma instituição política de nosso país. Trata-se da adulteração de suplementos.

Há alguns meses, em uma matéria de um amigo de profissão, falando sobre a efetividade de suplementos nacionais, acabei comentando e entrando em uma pequena polêmica.

Será que realmente os suplementos nacionais têm o que prometem? Isso gerou uma pequena discussão saudável a respeito de empresas que adulteram seus conteúdos. Um dos representantes de uma empresa nacional me mandou um post no meu facebook mais ou menos assim:

"Meu caro amigo, por isso que o Brasil é uma m...., pois nós, os próprios brasileiros, não confiamos em nossos produtos, te convido a vir até a empresa da qual faço parte para ver que trabalhamos com produtos de qualidade, que somos a única empresa séria no mercado brasileiro."

A minha resposta a este ofendido vendedor foi: eu não irei, pois não tenho tempo para me deslocar até outra cidade e eu posso ter um vinho de ótima qualidade em minha casa para mostrar para minhas visitas, e quando for servir, misturo com um outro ruim, ou sirvo só o ruim, e minha visita vai achar que estará tomando um vinho bom e caro.

E para a infelicidade deste falador a empresa dele foi uma das que entrou na lista publicada no jornal “O Globo” que dizia que o suplemento não continha nem a metade das proteínas prometidas no rótulo.

Quero esclarecer uma coisa: não tenho nada contra suplementos nacionais. Existem empresas sérias no mercado. Eu mesmo já indiquei para meus personais algum suplemento nacional, e, também, quando critico não coloco a culpa nas empresas fabricantes de suplementos.

Critico sim os órgãos que deveriam realizar a fiscalização e cruzam os braços, e fazem vista grossa, se preocupando com outras coisas que não tem nada a ver.

Infelizmente, será que se fossemos nós que estivéssemos à frente destas empresas não faríamos o mesmo? Isso é um problema cultural, querer levar vantagem em tudo. Somos educados desde criança para isso. Um exemplo: quando crianças, se fazemos algo errado, do tipo chutar um animalzinho, ou contar uma mentira, os pais acham bonitinho. Crescemos com a convicção de que é correto fazer coisas erradas e que temos que enganar os outros se quisermos nos dar bem.

E por isso acabamos tendo essa barbárie, políticos que roubam, pessoas que adulteram combustivel, roubam em balanças, enganam os outros, colocam menos do que tem que colocar. Sabem que não haverá punição, e, meus caros leitores, isso não é inédito.

Há alguns anos uma empresa de suplementos foi pega por mentir no rótulo do produto de uma whey. Dizia que o produto era de whey isolado e sem lactose. Um cliente com intolerância à lactose ingeriu o produto e quase foi a óbito.

Foi o maior estardalhaço na imprensa, e a empresa continua no mercado, mais uma vez culpo os órgão fiscalizadores (que se dizem fiscalizadores). É triste isso, pois eu queria poder indicar para meus personais ou alunos de assessoria, e eu mesmo consumir produtos nacionais, mas, infelizmente, tenho apenas 2 empresas nacionais de suplementos hoje que dou credibilidade.

Meu sonho é, um dia, vir novamente nesta página para falar bem dos nossos suplementos manipulados e outras coisas que hoje estão em descrédito.

Existem algumas formas de analisar na hora de comprar seus suplementos:
  • Pergunte ao seu personal, nutricionista, treinador uma marca que ele use e que seja de sua confiança (pois trabalhamos com resultados e não devemos enganar nossos clientes);
  • Não acreditem em propagandas de pessoas que dizem que ficaram fortes ingerindo whey da marca xingling, pois sabemos que suplementos substituem alimentos, e não criam monstros, e eles estão ganhando dinheiro ou suplementos para isso;
  • Não acredite em suplementos que prometem 10kg livres de gordura em dois meses, isso não existe, nem esteroides anabólicos fazem esse milagre;
  • Fuja da empurroterapia, existem pessoas que entram em uma loja para comprar uma maltodextrina e acabam caindo na conversa do vendedor e saem com 3 whey, para 3 horários do dia, um zma, uma creatina, um bcaa e mais milhões de produtos. Peça para o seu personal ou seu nutricionista que diga o que você deve usar, como e quando, o que você realmente precisa (suplemento, marca, pois eles são aptos a isso);
  • Não acredite em propaganda de suplementos de antes e depois: existem aquelas propagandas que colocam o individuo ou bem gordo ou bem magrinho antes e depois ele forte e bronzeado, e anunciam que ele ficou assim em dois meses tomando esse hipercalórico. Mentira, ninguem muda o corpo só com suplementos, existe uma dieta especifica, treinos específicos, suplementos são o mínimo, insisto, não fazem milagre;
  • Quando for comprar suplementos e o vendedor ou dono da loja te oferecer um mais barato e falar muito bem dele, desconfie, pois como eu disse, ninguém gosta de perder. E aquela história que eu valorizo o cliente é mentira. O que acontece é o seguinte: um whey da marca X custa na loja R$ 240,00. O lojista pagou neste whey R$ 220,00, se ele te vender este, ele vai ganhar R$ 20,00. Já o que ele esta te empurrando custa R$ 180,00, mas ele pagou em torno de R$ 60,00 no produto, ou seja, ele ganhará R$ 120,00, pequena diferença não?
Você viu como o lojista é bonzinho, perdeu de ganhar mais, pensando no seu bem estar.... mas como eu disse, não critico o lojista por isso, afinal ele vive disso, mas não seria legal que houvesse competitividade com qualidade, ou seja, este whey mais barato fosse próximo ou igual ao mais caro.

Mas mais uma vez temos que lutar pela sobrevivência e colocar nosso aprendizado de criança em prática, que é enganar para viver.

Um comentário final para resumir o caráter do brasileiro, onde nós próprios dizemos isso: há alguns meses, assistindo a um jogo de futebol, vi um jogador de uma equipe estava caído e o árbitro parou a partida para que ele fosse atendido.

Depois ele deu bola ao chão, e a equipe que estava com a bola parou esperando que ela fosse devolvida pela equipe adversária. Ela não só não foi devolvida, como o jogador mal educado fez o gol.

Ao final, o técnico da equipe prejudicada, ao ser entrevistado sobre o acontecido, colocou o que venho mencionando desde o inicio desta matéria: "vai se fazer o que, somos brasileiros, e nascemos com safadeza no DNA, queremos levar vantagem em tudo".

Acho que o resumo desta matéria e de meus pensamentos poderia ser colocada apenas na frase deste treinador, mas vou continuar acreditando que há exceções. Estou a disposição para esclarecimentos. Bons treinos!!!!!!
 

 

Por Héverson Gomes



quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Pós-Treino

Açúcar no Shake Pós-Treino 

 

http://cdn-estatico.fisiculturismo.com.br/forum/uploads/6047a014f87341e10fdc74f72ff04461.jpg

Hoje em dia, uma grande parte da população está obesa, e a principal razão é o alto consumo de açúcar, que é facilmente encontrado em fastfoods, refrigerantes, doces, etc.

A razão para que o açúcar cause acúmulo de gordura decorre do fato de ser um carboidrato simples.

Isto quer dizer que ele é digerido facilmente e causa um rápido aumento nos níveis de açúcar no sangue. Após a ingestão desta substância, o nível de açúcar na corrente sanguínea aumenta rapidamente e o nosso corpo não gosta disto. A resposta do organismo para isto é liberar o hormônio insulina, que bombeia açúcar diretamente para o seu músculo e estoca o excesso como gordura.

Existem diferentes tipos de açúcar:
  • MONOSSACARÍDIO: Exemplos: Frutose, Glucose, Dextrose, Ribose e Galactose
  • DISSACARÍDEO: Exemplos: Lactose, Sucrose, Maltose e Trihalose.
  • POLISSACARÍDEO: Exemplos: Amido, Celulose e Glicogênio
O excesso de açúcar causa:
  • Resistência a insulina
  • Função imprópria do sistema endócrino
  • Função imprópria do sistema imunológico
  • Diabetes
  • Hiperatividade, seguido de tontura e falta de energia.
  • Contribui para doenças no coração
  • Obesidade
  • Problemas nos dentes
  • Deficiências em vitaminas e minerais
Benefícios do Açúcar para Fisiculturistas e Aspirantes

Depois de um treino pesado, o seu corpo começa a destruir tecido muscular e gorduras para transformar em energia. Devido ao desgaste do treino, o seu corpo usou todas as reservas de energia. Como você acaba de ler, a ingestão de açúcar força o corpo a bombeá-lo para dentro do músculo e somente o excesso vira gordura, como o seu corpo precisa desesperadamente de qualquer tipo de energia, utilizando açúcar no pós-treino fará com que você interrompa quase que imediatamente a quebra de tecido muscular, preservando massa muscular e colocando o corpo em um estado anabólico e não catabólico. Com pouquíssimas chances de acumular gordura. Somente neste momento é altamente produtivo causar este pico de insulina.


Ingerir uma mistura de açúcar de alto índice glicêmico com proteína tem mostrado ser ainda mais eficiente em causar um pico de insulina. Todos nós sabemos da importância da ingestão da proteína, mas agora você sabe que o açúcar também é, em seu shake pós-treino coloque sempre a mesma quantidade açúcar que proteína, ou mais!

Mas não exagere. Não comece a comer chocolate e pirulitos no pós-treino. Procure as formas mais saudáveis de açúcar como: dextrose, maltodextrina, açúcar mascavo. Estas, além de serem práticas, podem ser facilmente misturadas com pó proteico.

Lembrando que o que faz mal é o excesso, fazendo uso de açúcar no pós-treino dificilmente vai causar algum problema de saúde, como você viu é justamente o contrário.
 

 

Por Valdemir P. Bodybuilder